4 de janeiro de 2012

O tempo, talvez.

                                      O tempo, talvez.

Pode ser... Santo Antonio, São João, São Pedro... Era um desses três, não me lembro corretamente, fazia frio, usávamos roupas de lã; nem precisaríamos, nossa presença aquecia o ambiente. Éramos quase puros, faltava só um pouco, a maldade não fazia parte de nossas vidas. Estávamos felizes, apesar do frio, nossas vozes saiam, fluíam, sem receios, sem medos. Falamos, de tudo um pouco. O tempo era nosso aliado. Os olhares eram fundos, sem preconceitos. Quanta vontade... Ter tudo que queria, num só instante. Impossível de abraçar tudo, segurar o tempo... O tempo é infinito, não se controla, embora o sintamos, não tem cor, nem cheiro, tampouco volume, forma específica. Que bom, se pudéssemos, revirá-lo, guardá-lo, embrulhá-lo, retorná-lo quando quiser... Se a máquina que o controla, fosse nossa aliada, poríamos tudo de trás para frente. Voltar a felicidade, como criança que brinca no play-ground. Escutar os mesmos sons, sentir o mesmo frio, falar tudo que se falou, mais francamente, sem censurar, encontrar o doce encanto, nas pequenas palavras, ditas sem remorso, o prazer, a vontade, escondida no acanhamento, medida no expressar. Ainda bem, somos humanos, viajamos nossos pensamentos, sem ferir ninguém. Nosso espírito inquieto não cansa, há de buscar, lá atrás, no tempo que não cessa, através da nossa própria máquina, no recôndito do que somos, rememorar, reviver, sem desprezar o tempo. Desculpe-me, senhor e senhora, humanos, cremos que o tempo, um dia iremos controlar, psicologicamente, sem mudá-lo na sua essência. Que gostoso!... Voltar a reviver, tudo mais intensamente... Só lembranças? Isso é que não é!... É o amor personificado no tempo. Talvez... Que bom!... Sonhe também linda, não faz mal a ninguém!



 Autoria= Gino Marson
Blog= ginomarson. Blogspot.com
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04/01/2012

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