21 de abril de 2018





                               LIBERDADE

O cárcere é triste, frio, não vemos os amigos, os mais circunstantes; aqueles que nos cercam todo dia... Olhamos ao derredor e constamos paredes frias, bem pintadas, brancas,  por ironia parecem de nossas casas, mas são do cerceamento...
O encarceramento pode ser físico, sem poder sair do espaço que te determinam, pode ser também da alma, quando não conseguimos conquistar nossos objetivos mais comuns, mais necessários; satisfazer a alegria dos nossos sentimentos, torná-los nossos aliados, sermos amados por aqueles que mais prezamos... Ser livre é ser uma ave que voa nos seus sonhos, aquela que ama o espaço virtuoso dos seus companheiros ou companheiras... Tem o sentimento maior, vincado nas suas dobras, sua pele, seu íntimo, só precisando desabrochá-lo, dar-se em pétalas, aos poucos, sem temor maior, desencarcerando o físico e o espírito... Para ficar preso, sem poder sair, esperando o talvez, é preciso desprezar o voo que não executamos; a sociedade cerceia, mas a escolha é nossa, só do íntimo, do fundo que não aceita regras hipócritas, do meio que frequentamos e vivemos; só sabemos quando sofremos em nós mesmos... As paredes invisíveis da sociedade, podem ser nossa prisão eterna, enquanto aqui estivermos. Depois vem o adeus, não há mais tempo, ele extingue-se, como extinguimos no tempo que não contamos; ele passa célere, escapa por entre nossas mãos, nossos dedos, nunca volta como antes, existe, mas envelhece, enruga, fica carcomido por nossa culpa...

Autoria= Gino Marson      07/04/2018        19:53

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