16 de setembro de 2014



                              Como te Amo (Monólogo)

Onde estás? Não tenho certeza. Ninguém tem certeza absoluta de nada. As verdades, estão escondidas, dentro de nós mesmos. No amor, na conversa diária, no relacionamento íntimo, escondemos, furtamo-nos para ser melhor.
Não falo isso para te agradar. Nem sei se saberás desses meus sentimentos. Estão no meu pensamento. As vezes me atormentam, revoltam-se contra esse frágil ser. Mas não é culpa sua. Eu fingia ser fraco para te irritar. Gostava de te ver sem paciência. Haa... E aquela dor de estômago. Eu me realizava , até ver-te em prantos.
Lembras, quando ficavas bem perto de mim; lhe parecia que eu era um anjo, um ser especial. Eu me fazia parecer isso. Por dentro te odiava. Eras repugnante, sabia? Ha...mas você não notava; me tratava de maneira tão especial.
Eu derramava o café, usava o guardanapo, lavava-os depois; para parecer cordial, afável.Seu semblante denotava, gostava intensamente de mim. Me comprazia ver-te dessa forma. Eu era um monstro. Sorria e não percebias. Caçoava e não notava, era puro disfarce. Nunca chorei... Isso não... bem o sabes! Era divertido fazer-te sofrer. 
Quantas noites vieste me afagar; não dormia, apenas disfarçava meu sono. Me acariciava, falava-me baixinho, contava alguns poucos segredos. Eu sentia-me realizado; achavas que eu era bom! Se soubesses, minha cabeça, maquinava outro disfarce, para o próximo dia. Acho que não lembras? Pisaste, não no rabo do gato, porém sua perninha ficou quebrada. Eu abracei o bichinho, balbuciei em seu ouvidinho, beijei até... Te olhei com ar lamentoso. Quanta mentira! Não gostava de você! O animalzinho não tinha culpa. Não chorei novamente, isso não. Lembras?... Fomos ao parque, Que alegria!... Você subiu no cavalinho! Poderia cair sabia? Eras forte. Eu sorria, pulava, andava desenvolto e você estava contente. Puro escárnio, um jogo sem fim, eu pensava. Era para te magoar; sorria para atingir, imperceptível, sutil. Pensavas que o amava...
Estou cansado de escrever. Talvez nunca encontre essas palavras. Fique sabendo que te odeio. Só não te desejei a morte! Mais uma falsidade, só para atingir seus objetivos. Chorar, eu não. Isso é para os fracos, sem objetivos. Gostava sim... Seu choro era pungente, ridículo! Falava de amor, um dia qualquer, lembro-me vagamente. Pode senti-lo em mim. Que tristeza, queria espicaçá-lo. Ver no seu semblante, achando que era fato. 
O amor que dedicaste, não era correspondido. Ficava só a impressão. --- Como pode alguém não amar?
Estou refletindo melhor. Estarei mudado? Ele é falso em todas as pessoas? Não, não pode ser. Nem todos são iguais. Há uma chama diferente em cada coração. Os objetivos não são comuns, no entanto os une realmente. E eu, não te amei pai? Dedicaste tanto sua vida! Foste o meu sustentáculo!...Oraste por mim. Ajoelhastes ao pé do meu leito. Darias a vida por mim, bem sei...
Merda! Lasque-se o mundo. Isso é tudo mentira, alegoria, surrealismo desse nosso velho planeta. Fantasia do nosso espírito. Enganei até você!... Lembras. Não abandones nunca a minha lembrança. 
Te amo... Te adoro... Te amo pai! Iufuu... Etaa, nós somos felizes! Ethça nós... 

Autoria= Gino Marson     2011

Um comentário:

  1. Oi, Gino, boa noite! De vez em quando eu venho aqui no seu blog ler um pouco. Hoje eu estou aqui por um motivo especial: é seu aniversário, dia de festa. Venho desejar tudo de bom que uma pessoa possa receber da vida.

    Eu não conheço os seus sonhos, mas desejo que se realizem e que você seja muito feliz. Obrigada pela sua amizade, pela companhia diária nas redes sociais, pela alegria que inspira em nós.

    Eu gostei muito do seu monólogo. Parabéns! Tenho lido os seus poemas e textos via e-mail também.

    Sucesso para você!

    Grande abraço!

    Sonia Salim

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